A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da cidade de São Paulo emitiu alerta aos serviços de saúde público e privado sobre o aumento de casos de coqueluche no município. Este ano, entre janeiro e junho, já foram confirmados 105 casos da doença na capital paulista. Em 2023, ao fim do ano, tinham sido notificados 122 casos em residentes, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Dos casos confirmados, observa-se maior concentração no público de 10 a 19 anos, que corresponde a 73 casos. Abaixo dessa faixa etária, são 24 casos. Até a 22º semana epidemiológica de 2024, foram notificados 15 surtos da doença na cidade, sendo 11 em escolas e quatro em domicílios.
Em maio deste ano, a incidência de coqueluche no Estado de São Paulo já era quatro vezes maior que em 2023. Em nota, a SMS afirma que o alerta tem o objetivo de atualizar o cenário epidemiológico da doença e sensibilizar os profissionais em relação aos sintomas típicos da doença. A coqueluche não é erradicada, portanto, circula no País, o que reforça a importância de manter a vacinação atualizada. Como já mostrado pelo Estadão, a coqueluche, conhecida como ‘tosse comprida’, é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta principalmente as vias respiratórias. A transmissão ocorre por meio do contato com secreções contaminadas, principalmente por tosse, fala ou espirro.
Crianças são as principais vítimas e representam a maioria dos casos e óbitos. A coqueluche tende a se espalhar mais em climas amenos ou frios, como na primavera e no inverno, quando as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados. A transmissão é alta, podendo gerar até 17 casos secundários por infecção, semelhante ao sarampo e à varicela, e muito superior à covid-19.